Em busca de sentido

“O sentido torna muitas coisas, talvez tudo, suportável.” Carl G. Jung

O sentido nos conecta à realidade, nos faz viver apesar do sofrimento, dá coerência ao que somos

diante da coletividade, leva luz às trevas e é alimento da alma.

A importância dos sonhos

CITAÇÕES EM ESCRITURAS E DE ARTISTAS E FILÓSOFOS SOBRE OS SONHOS
* Obs: A autoria das citações que não constam o autor pertencem ao autor da última citação dessa série. Os três asteriscos separam a autoria das citações.

“Um sonho não compreendido é como uma carta não aberta.”
Talmude

“Por que deixar uma ferramenta como os sonhos enferrujada? Por que deixar a caixa fechada, quando é um presente que nos foi dado? Um presente com poderes que podem alterar nossas vidas.”
Richard Bach

“Tudo o que impressiona e ilustra traz em si o cunho da necessidade, porque indubitavelmente provém da fonte eterna da qual dimana a vida; mesmo a pequenina gota de orvalho sobre a pétala da flor brilha fúlgida aos clarões precursores da aurora.”
Irmãos Grimm em: “Contos e Lendas dos Irmãos Grimm”, Coleção Completa

“Compreende que és um segundo pequeno mundo e que dentro de ti estão o sol, a lua e as estrelas.”
Orígenes

“o mais hábil intérprete de sonhos é aquele que tem a propriedade de absorver semelhanças.”
Aristóteles

APRECIAÇÕES DE PSICÓLOGOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE SOBRE OS SONHOS

“Sem um trabalho voltado para a integração dos sonhos [...] as pessoas não aprendem nada sobre elas mesmas. Assim como temos de nos esforçar no mundo real para transformar uma inspiração criativa em um poema, uma pintura, uma composição musical ou uma obra literária, temos de nos esforçar muito para criar a consciência individual de nossos sonhos para que estes sejam mais do que ideias vagas e passageiras do que há em nosso interior.”

 “Meus vinte e cinco anos de estudo convenceram-me de que os sonhos são um chamado para a realidade e para viver corajosamente.”

“Há uma crescente ênfase por parte dos analistas de sonhos contemporâneos em sonhadores sadios e em sua capacidade de aprender a interpretar seus próprios sonhos. Só podemos esperar que isso cedo ou tarde coloque o estudo dos sonhos no topo da lista de prioridades de todos aqueles que desejam compreender
a si mesmos e a seus relacionamentos.”

“Quais são os enfoques emocionais do dia? Anotar os pensamentos e sentimentos diários clareará a mente, o relaxará e ajudará a se lembrar muito melhor dos sonhos.”

“É extremamente importante ajudar o sonhador a destilar essas descrições [das imagens dos sonhos] em adjetivos descritivos, com os quais é muito mais fácil lidar e que frequentemente resultam em mais clareza.”

“Uma boa descrição do cenário do sonho geralmente leva o sonhador a uma conexão que revela a metáfora, mostrando a área de sua vida que o sonho explora.”

“Encontrar as palavras certas para descrever a imagem ou o sentimento de um sonho dá ao sonhador a oportunidade de reconhecer, esclarecer e expressar atitudes, opiniões e emoções das quais ele pode nunca ter tido muita consciência. [...] é exatamente durante a procura por palavras certas que o sonhador é obrigado a se perguntar: ‘Como eu penso e me sinto em relação a isso?’. Ao procurar a palavra certa ele deve examinar o que está tentando descrever [a imagem do sonho].”
Gayle Delaney (http://www.gdelaney.com/aboutus.htm) em
“O livro de ouro dos sonhos”, Ed Ediouro

*    *    *

“Creio que o sonho emprega o máximo de nosso potencial mais precioso: a criatividade. Somos incrivelmente criativos, quando usamos imagens para falar sobre nossa vida. Traduzir uma experiência de vida em imagens visuais, tão consistentemente, tão intensamente... e fazemos isto de modo automático!”

 “Uma nova perspectiva nas ciências sociais acontece quando um investigador social consegue, de algum modo, ganhar uma perspectiva de fora do sistema que examina. Não é algo fácil de fazer quando estamos acordados e envolvidos no sistema e, provavelmente, apenas um punhado de teóricos sociais tiveram êxito. É algo que fazemos quando adormecidos. E o fazemos sem o menor esforço.”

 “À noite, não somente nos sentimos diferentes da maneira de quando estamos acordados, mas também nos separamos temporariamente do sistema social e temos oportunidade de analisá-lo sob uma perspectiva diferente. Nossas imagens sonhadas são quadros enviados de volta à Terra, oriundos de uma câmara situada em um satélite espacial.”

“Descobrimos que [...] existem meios de voltarmos ao nosso equilíbrio interior. Alguma espécie de ajuda parece estar disponível. Mais importante, começamos a aprender que a ajuda deriva de algo em nosso íntimo, além de nossas manipulações conscientes, algo que constantemente nos envia pistas sobre os problemas de maior significado para nosso crescimento presente e quão profundamente devem ser sondados tais problemas.”

 “Quando permitimos, as metáforas do sonho nos ajudam a objetivar emoções inaceitáveis de maneira a que possam ser discutidas e mesmo ridicularizadas como absurdamente humanas e, assim, contribuírem para a formação de relacionamentos mais afetuosos.”

 “Uma metáfora é uma isca para a atenção, um poderoso dispositivo, e nós a manejamos habilidosamente em nossos sonhos.”

 “A diferença entre o sonhador e o artista não está no elemento de criatividade, mas na natureza da plateia para quem é destinado o produto criativo. [...] O artista está cônscio de seu relacionamento com o trabalho que criou. Ao sonhador é preciso algum esforço antes que ele consiga trazer esse relacionamento em foco.”

“Seja qual for o perigo que possa existir, não envolve o estudo do sonho, intrinsecamente, a despeito da profundidade ou seriedade desse estudo, mas antes na maneira pela qual ele é conduzido. Se formulações teóricas tomarem precedência sobre a reação sentida pelo sonhador e se elas forem oferecidas de maneira autoritária, então o sonhador pode ser prejudicado. [...] Conhecendo-nos melhor ficamos mais fortes, não mais fracos. Não é perigoso trabalhar com sonhos. Não estudá-los, talvez sim.”
Montague Ullman (http://en.wikipedia.org/wiki/Montague_Ullman) em
“O Mistério dos sonhos”, Ed Record

*    *    *

“Todas as formas de interação com o inconsciente que alimentaram nossos ancestrais - sonhos, visão, ritual e experiência religiosa - estão em grande parte perdidas para nós, menosprezadas pela mente moderna como primitivas ou supersticiosas. Assim, cheios de orgulho e arrogância, com profunda crença em nossa razão inabalável, cortamos as nossas origens no inconsciente e nos desligamos da parte mais profunda de nós mesmos.”

“Encontramos personagens na literatura e figuras em nossos sonhos que se ajustam exatamente a um tipo, mas os seres humanos reais são combinações de muitos tipos associados para formar uma personalidade humana rica, contraditória, multifacetada. [...] Algumas vezes nos surpreendemos: ‘De onde veio isso? Não sabia que tal assunto mexia tanto comigo. ‘ À medida que nos tornamos mais sensíveis às ondas de energia do inconsciente, passamos a questionar de outra forma: ‘Que parte de mim acredita nisso?’”

“[...] é praticamente impossível produzir qualquer coisa na imaginação que não seja uma representação autêntica de alguma coisa no inconsciente. A função integral da imaginação é trazer o material do inconsciente, vesti-lo com imagens e transmiti-lo à mente consciente. [...] O termo ‘fantasia’ deriva da palavra grega ‘phantasía’. O sentido original desta palavra é revelador: ela significava ‘tornar visível, revelar’. A correlação é clara: a função psicológica de nossa capacidade para a fantasia é tornar visível a dinâmica invisível da psique inconsciente”

“Os sonhos em geral falam por extremos; tentam compensar nossa falta de percepção daquela característica, tornando-a visível sob a forma de imagens extremamente dramáticas.”

“No mundo da psique é o seu trabalho, mais do que suas ideias teóricas, que constrói a consciência.”

“Nenhum símbolo de sonho pode ser separado do indivíduo que o sonhou... [...] temos de compensar o nosso preconceito coletivo em favor do mundo exterior. A única maneira de o fazermos é nos esforçando, de forma disciplinada, a procurar o significado interior do sonho.”
Robert A. Johnson (http://www.jerryruhlrobertjohnson.com)  em:
“INNERWORK: A chave do reino interior”, Ed Mercuryo

*    *    *

“Os senoi [...] ensinam as crianças, desde pequenas, a contar seus sonhos. Eles são discutidos e interpretados tanto na família como na tribo. A vida social e o comportamento do grupo baseiam-se nos sonhos.”

“Na China sempre houve intérpretes de sonhos. Mesmo atualmente, nas ruas da China comunista há especialistas a quem se paga por uma interpretação; as que li eram bastante modernas. Esses intérpretes são psicólogos muito bons com intuições acerca dos sonhos que correspondem de perto àquilo que teríamos para dizer.”

“Por ironia, muita gente que hoje rejeita os sonhos como algo sem sentido, sem saber aceita e segue valores espirituais, crenças e tradições que se originam diretamente dos sonhos de indivíduos que viveram há milhares de anos.”

“[...] o sonho nunca diz o que você já sabe.”

“Em geral, eu diria que cerca de 85% dos temas oníricos são subjetivos; recomendo, portanto, a interpretação subjetiva da maioria dos sonhos. Deve-se sempre partir da pergunta: ‘O que em mim faz isso?’, em vez de tomar o sonho como um aviso contra terceiros.”

 “[...] seguir a própria estrela quer dizer isolamento, não saber para onde ir, ter que descobrir um caminho completamente novo para si mesmo em vez de simplesmente seguir o mesmo caminho pisado que todos usam.”

“A dificuldade de interpretar nossos próprios sonhos é que não podemos ver nossas próprias costas. [...]
outra pessoa [...] poderá vê-las; nós não.”

“A mudança é muito gradual. É como se algo no fundo da pessoa ficasse cozinhando o tema e enviando mensagens [sonhos] de vez em quando.”

“Após acompanhar os sonhos por um bom período de tempo, porém, notamos certas qualidades e funções. Eles possuem uma inteligência superior, uma sabedoria e uma perspicácia que nos orientam. Eles nos mostram em que aspecto estamos enganados e nos alertam a respeito de perigos; predizem eventos futuros; aludem ao sentido mais profundo da nossa vida e nos propiciam insights reveladores. Se analisar sonhos de artistas ou cientistas criativos, por exemplo, você verá que muitas vezes novas ideias lhe são reveladas através dos sonhos. elas não são concebidas no computador. Pelo contrário, brotam do inconsciente sob a forma de idéias súbitas, como se costuma dizer. Vários documentos demonstram que muitos cientistas primeiro sonharam certas soluções matemáticas e depois as resolveram conscientemente.”

“Bem, pesadelos são sonhos substancialmente, vitalmente importantes. Eles nos fazem acordar gritando; são eletrochoques que a natureza aplica em nós quando quer que despertemos.”

“Dentro de cada um há uma sombra escondida. Por trás da máscara que usamos para os outros, por baixo do rosto que mostramos a nós mesmos, vive um aspecto oculto da nossa personalidade. De noite, enquanto dormimos indefesos, sua imagem nos confronta face a face.”
Marie-Louise Von Franz (http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie-Louise_von_Franz) em:
“O caminho dos sonhos”, Cultrix

*    *    *

“[...] quanto mais aptos formos a tornar consciente o que é inconsciente e o que é mito, maior parcela de vida integraremos.”
Jung (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Jung) em:
“O pensamento vivo de Jung”, Ed Martin Claret

“[...] não se trata de um ‘disfarce’ proposital do sonho; é resultado, apenas, da nossa dificuldade em captar o conteúdo emocional da linguagem ilustrada.”
Jung em:
“O homem e seus símbolos”, Ed... Nova Fronteira

*    *    *

“Se todos agem da mesma maneira, ninguém pensa que está doente. Esta é a razão de os sonhos auxiliarem na terapia, porque uma relação consciente com nossos sonhos liberta-nos da identificação inconsciente com os outros e cria em nós atitudes individuais.”

“À medida que a Igreja se tornou institucionalizada, negou e desvalorizou a realidade da alma individual e de seus sonhos e passou a dar valor aos credos, a rituais e tradições coletivas. A Igreja preferiu ignorar o fato de que a rejeição dos sonhos ia contra a visão contida na Bíblia e no cristianismo primitivo.”

“(Os sonhos) são dirigidos a um indivíduo que está numa situação particular da vida, que é absolutamente única e que jamais foi vivenciada por alguém antes. Assemelham-se a roupas feitas sob medida, unicamente para essa pessoa. [...] O homem coletivo é muito forte em nós e o caminho que oferece menor resistência é viver como as demais pessoas vivem.”

 “[...] Quando os sonhos são vistos numa série, a interpretação torna-se mais fácil porque um é esclarecido pelos outros.”
John A. Sanford (http://en.wikipedia.org/wiki/John_A._Sanford) em:
“Os sonhos e a cura da alma”, Ed Paulinas

*    *    *

“Permitindo o acesso aos níveis mais profundos da experiência humana, os sonhos podem contribuir para nossa saúde e desenvolvimento pessoal, assim como fazer-nos meticulosamente conscientes do que significa estar vivo.”
Anthony Stevens (http://en.wikipedia.org/wiki/Anthony_Stevens_(Jungian_analyst))

*    *    *

“Muitos pontos de vista dentro da própria pessoa dão origem à possibilidade de uma gama maior (mais detalhada e diferenciada) de consciência acerca de si mesmo. [...] a prática em perceber o aspecto multidimensional da nossa vida onírica enriquecerá grandemente e expandirá a consciência da nossa experiência e comportamento cotidianos.”

“Mudanças no drama do seu mundo interior não ocorrem apenas com um acontecimento, luta ou encontro crucial, como às vezes acontece no mundo da realidade material. Mate um homem uma vez e seu corpo físico permanecerá morto para sempre; mate uma imagem fantasiosa e a batalha mal começou.”

“[...] o crescimento psicológico com frequência é mal interpretado como problema pessoal, doença mental. [...] A diferença entre a experiência criativa e a loucura consiste numa compreensão do processo interno de crescimento e autotransformação.”
Ernest L. Rossi (http://www.ernestrossi.com) em:
“Os sonhos e o desenvolvimento da personalidade”, Summus Editorial

*    *    *

“Por intermédio dos processos fortuitos do condicionamento social fomos levados a aprender demais algumas poucas características, que agora identificamos como sendo nós mesmos [...]; excluímos a porção maior da nossa natureza multidimensional; tornamo-nos unidimensionais.”

“Uma vez que os sonhos são experienciados no relativo isolamento do sono, são comumente a mais original de nossas experiências psicológicas. [...] O novo parece irreal precisamente porque ainda é tão novo que não tem um lugar bem estabelecido em nossas formas familiares de compreensão. [...] As novas combinações de [...] imagens, sensações e emoções criadas no sonho são ‘esquisitas’ só porque ainda não estão integradas num quadro de referência habitual e familiar. [...] Situações estranhas dentro do sonho implicam portanto na existência de dois ou mais estados de consciência.”

“A linguagem simbólica é uma língua em que as experiências íntimas, os sentimentos e pensamentos são expressos como se fossem experiências sensoriais, fatos do mundo exterior.”

“Os sonhos tiveram sorte pior ainda nas mãos do moderno racionalismo. Foram considerados simples disparates, não merecendo a atenção de homens crescidos, ocupados com coisas tão importantes como a construção de máquinas e, em seu próprio julgamento, “realistas”, por nada verem além da realidade das coisas que podiam conquistar e manobrar - realistas que têm um nome especial para cada tipo de automóvel, mas somente o nome “amor” para expressar os mais variados gêneros de experiência afetiva.”

“Outra limitação é a interpretação dos sonhos ainda só ser considerada legítima quando empregada pelo psiquiatra no tratamento de pacientes neuróticos. Pelo contrário, creio ser a linguagem simbólica a única língua estrangeira que todos devemos aprender.” Erich Fromm (http://pt.wikipedia.org/wiki/Erich_Fromm) em:
“A linguagem esquecida”, Zahar Editores

*    *    *

“[...] encontramos essas imagens nos antigos e sagrados escritos pictográficos - por exemplo, nos dos antigos chineses e nativos americanos, e nos hieróglifos do antigo Egito. Essas imagens hieroglífico-sagradas têm suas própria ‘lógica’ e geralmente transmitem mais sutilezas em seus significados do que pode ser imediatamente verbalizado. [...] Apreciar poesia, contos de fada, literatura, música e imagens das artes visuais é um bom treino para a arte de analisar o sonho. [...] essa abordagem artística da interpretação do sonho se vincula à percepção de fatores similares àqueles que interferem na análise da literatura, pintura ou música. [...] Como todas as manifestações do ‘outro lado’, o sonho tende a ser de múltiplos níveis e oracular, portanto, ambivalente (e até polivalente) e resistente a uma abordagem racional simplista, preto no branco.”

“[...] parece que a capacidade natural da psique de formar mitos ou de contar histórias é um poderoso fator organizador e de cura.”

“Os sonhos costumam ficar repetindo suas mensagens até que sejam compreendidas e integradas à vida. [...] Geralmente, essa elaboração não ocorre em progressão linear, mas como um movimento circular ou espiral em torno de um cerne temático central, lançando luz sobre o tema central a partir daquilo que poderíamos considerar diferentes ângulos psicológicos.”

 “Tudo o que aconteça concomitantemente no sonho ou no ambiente imediato em que ele está sendo contado é igualmente importante. Pois esses acontecimentos sincronísticos são manifestações do ‘campo’ circundante, do qual o sonho é uma expressão parcial e particular.”

“Os pesadelos servem para promover a morte da atitude costumeira do ego; nessa medida, podem abranger sonhos com morte ou desmembramento. [...] Outros pesadelos repetem situações traumáticas como que para forçar o sonhador a enfrentá-las e assim ajudá-lo no processo de chegar a uma relação consciente com as energias estressantes e assustadoras [...]. prestar atenção neles deve ser prioritário.”
Edward C. Whitmont (http://www.minimum.com/p7/engine/auth.asp?n=424 e Sylvia B. Perera em:
“Sonhos - um portal para a fonte”, Summus Editorial

 *    *    *

“Homens e mulheres contemporâneos raramente levam a sério informações baseadas apenas em autoridade ou pura lógica racional; hoje busca-se experiência, e os sonhos proporcionam uma experiência muito além daquilo que fornecem os cinco sentidos, conseguindo, inclusive, revelar a estrutura do mundo físico.”
Morton T. Kelsey (http://pipl.com/directory/people/Morton/Kelsey) em:
“Deus, sonhos e revelação”, Editora Paulus

 “As pessoas que vão dormir por se dizerem cansadas podem estar, de fato, vivenciando um estado de extrema unilateralidade em que a função egóica ficou no controle por tempo excessivo e assim desequilibrou-se da fonte dos sonhos, o verdadeiro centro integrador do psiquismo.”
Strephon Kaplan-Williams (http://strephonsays.com)
“Cartas dos sonhos”, Ed. Bertrand Brasil

“Você não precisa decifrar seus sonhos; eles não são mensagens codificadas que precisam ser decifradas de qualquer maneira. Seus sonhos retratam seus sentimentos. Uma forma de usar seus sonhos é sentir as figuras. Algumas imagens serão sentidas como boas e outras como más. Algumas serão confusas e difíceis de experimentar. Mas todas as imagens de sonho são importantes porque elas expressam tudo sobre você e sua vida; elas mostram como sua vida percebe a si mesma.”
(Traduzido e adaptado por Charles Alberto Resende – Fonte: http://www.lanesarasohn.com/temple%20of%20dreams/arch_quo.html)
Richard Corriere

SONHOS E EXPERIÊNCIA RELIGIOSA

“Toda a verdade que precisamos saber sobre Deus já foi dita, não sendo mais necessário o contato direto com Ele. Ao considerar a Idade Média, veremos como esse modo de pensar se instalou na Igreja, quanto ele é diferente do cristianismo clássico e até onde sua influência ainda se manifesta sobre nosso próprio pensamento e atitudes.”

“A maior parte das vezes a Igreja tomava o cuidado de informar que tais experiências (visões e sonhos) podiam originar-se de qualquer coisa, menos de Deus, e que ninguém tinha necessidade disso em sua vida. Indivíduos como Joana d’Arc empreenderam enormes esforços pelas visões que tiveram, e todo mundo sabe o preço que ela pagou por isso. Um santo como Francisco de Assis teve uma visão exatamente no momento em que recebia os estigmas, e chegou bem próximo da condenação antes de ser beatificado.”
Morton T. Kelsey em:
“Deus, sonhos e revelação”, Editora Paulus

*    *    *

“É tempo de tentarmos reorientar, olhando tanto para dentro de nós mesmos como para fora, [...] De aceitarmos os sonhos como uma maneira de recebermos a palavra de Deus em nossas almas.”

 “Jung observou que os aborígines da Austrália gastam dois terços do tempo que passam acordados, em alguma forma de trabalho interior. Realizam cerimoniais religiosos, discutem e interpretam seus sonhos, consultam espíritos e ‘vagueiam pelos bosques’. Todo esse esforço consistente é devotado à vida interior, ao reino dos sonhos, totens e espíritos - isto é, a fazer contato com o inconsciente. Nós, modernos, mal podemos dispor de algumas horas livres da semana para nos dedicarmos ao mundo interior. É por isso que, apesar de toda a nossa tecnologia, chegamos a saber menos sobre Deus e sobre nossas almas do que os povos aparentemente primitivos.”

 “Devido ao fato de que, com frequência, reprimimos as melhores partes de nós mesmos e as consideramos como qualidades “negativas”, algumas das partes mais ricas do Self - até mesmo a própria voz de Deus - só conseguem participar de nossas vidas ‘roubando’ nosso tempo, roubando nossa energia através de compulsões e neuroses, infiltrando-se em nossa vida por lugares desprotegidos, onde falha a nossa defesa.”
Robert A. Johnson em:
“INNERWORK: A chave do reino interior”, Ed Mercuryo

“Deus fala com o rude, o inculto, o sábio e até com os doutores, pois o Espírito sopra onde quer, e não podemos determinar-lhe a quem dirigir-se. Dizer isso era escandaloso naquele tempo, e ainda é. Estranhamente, até para os que crêem.”
Aracéli Martins na apresentação do livro de Morton T. Kelsey:
“Deus, sonhos e revelação”, Editora Paulus

“Como te atreves a acusá-lo? É porque não te responde palavra por palavra? Deus fala de um modo e depois de um outro, e não prestamos atenção. Em sonhos ou visões noturnas, quando a letargia desce sobre os homens adormecidos em seu leito: então lhes abre os ouvidos, e os aterroriza com aparições, para afastar o homem de suas obras e pôr-lhe fim ao orgulho, para impedir sua alma de cair na sepultura e sua vida de cruzar o Canal.”
Jó 33, 13-18, na:
Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas